Que voz é essa que vem de tão longe,
Como apelo aos céus clamando paz;
Libertária voz de gerações passadas,
Ecoando algo que o antigo esconde.
Velhos grilhões nos pés de escravos,
Das naus em alto mar tempestuoso;
Da fome voraz por um servil tortuoso,
Labor árduo sem receber um centavo.
Que voz é essa que ergue em clamor,
Ruidosa voz incomodando as almas;
Levada pelo vento com lamúria e dor,
Refletindo a tristeza que não acalma.
Meri Viero