E nesse esperar ansioso, da flor pela chuva
Da manhã fria de outono pelo beijo do sol
Dos cabelos da menina pelo vento atrevido
Por todos os pedidos escritos naquele rol
Das mãos geladas a espera da perfeita luva
Pela terra fértil esperando delicada semente
Pelo óvulo e espermatozoide virando gente
Nas preces que operam milagres urgentes
Nessa fé que se faz inabalável e recorrente
Transpondo barreiras, pontes e até correntes
Na espera ansiosa da boca pelo fruto maduro
Da criança brincando feliz esperando o futuro
Da mãe que embala o rebento com todo amor
Na proteção que exala um perfume suave de flor
Nessa espera permaneço em inaudível clamor.
Meri Viero